quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Da mudança e da evolução


Acho que o tio Darwin tem razão, não vos parece?
E se biologicamente assim o é, também me parece que o seja a nível emocional e mental. Só os que se adaptam à mudança, conseguem evoluir.
E nos dias que correm, em que somos confrontados com as mudanças a toda a hora, esta capacidade parece-me, mais e mais, necessária. Na parte que me toca, já há algum tempo que deixei de viver na expectativa do amanhã, da mesma forma que também não vivo no passado (vou lá fazer umas visitinhas de vez em quando, mas para as coisas boas, as más não importam). Por isso, o presente é mais importante, nem que não seja, porque acredito que é o que fazemos no presente (seja lá o que fôr) que ditará o nosso futuro.
Quanto à mudança, confesso que às vezes (ainda) me deixa apreensiva, mas como sofro de optimismo crónico, acho sempre que, se ela surge é porque está mesmo na hora de mudar, além de que, pode ser também uma extraordinária oportunidade de descoberta pessoal. E vou na onda :) 

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Tristinhos

(getty images)

O Tobias, estava doente há 3 dias.
O Tobias é (era) o peixinho dourado do meu filhote, oferecido pelas manas.
O Tobias, morreu pela madrugada...dei conta, porque me levantei da cama, algumas vezes para o ir ver.
De manhã, levei o filhote à cozinha, para junto do aquário.
O filhote, chorou muito, com lágrimas gordas, abraçadinho a mim, enquanto repetia:"Ó mamã, o Tobias era o melhor peixe do mundo e de todo o universo!" 
Eu chorei também, com o coração apertadinho.
Preparámos uma caixinha de cartão, forrada com papel-crepe azul (a côr favorita do filhote e, nas palavras dele, para o Tobias se sentir no mar), para o sepultar.
Depois das aulas, fomos até à ribeira que fica perto de casa, com a caixinha de papel-crepe azul.
O filhote quis fazer um discurso. Disse que o Tobias era muito amoroso, que tinhamos tentado salvá-lo, que lhe demos remédios, mas não tinhamos conseguido,  e que percebeu que ele estava muito doentinho e por isso, tinha morrido. Fizemos uma prece, agradecendo à Mãe-Natureza pelo tempo que o Tobias esteve connosco, devolviamos-lhe agora o seu corpo, ficando só com as lembranças de como ele jogava às escondidas por entre as plantas ou como ele subia rápidamente até ao cimo do aquário, na hora da paparoca, e sorrimos.
Despediu-se do Tobias e entregou-o ao céu dos peixinhos (que para ele é o mar e, como a ribeira vai ter ao mar...).
Voltei para casa, com o filhote ao colo.

P.S: Primeiro contacto próximo do filhote, com a morte (suspiro). A ver como ele lida com este sentimento; vou estar atenta nos próximos dias.

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Blooming...



Ah-ah, as cerejeiras da minha rua, já começaram a florir!
É impressão minha, ou já cheira a Primavera? :)

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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Like a flower


"Be like a flower. Turn your face to the sun."
Khalil Gibran

Bom domingo, a todos!
Beijinhos

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Saltos agulha e parques infantis


Esta é uma daquelas coisas que me metem confusão...
O que é que ainda leva algumas mulheres a calçarem saltos agulha, para ir com os miúdos ao parque? Depois, é vê-las a andar em bicos dos pés (mais ainda), para não enterrar os saltos ou então, sentadinhas pelos bancos a lançar em voz alta (pois, só assim se conseguem fazer ouvir) constantes avisos às criancinhas, depois de se terem cansado de andar em pontas.
Também acho piada, às que levam a bijouteria toda que encontraram em casa e passam o tempo todo, preocupadas em não prender o anel, ou a pulseira naquelas coisas chatas que os aparelhos do parque, têm.
Pergunto-me a mim mesma, como é que  estas mães, são em casa.
E também me pergunto se os parques infantis não serão também um sítio fixe para conhecer homens mas, isto daria para outro post que se chamaria: "Parques infantis e engates.", eheheh!

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Statement

Nutro pelas bichas, um sentimento parecido que pelas vacas.
Às vacas, não as suporto; as bichas, até podem ter uma certa piada no inicio (porque são desbocadas e teatrais), mas depois, não há pachorra para tanto exagero.
Quanto a outras formas de amar, nada me faz confusão, já que o amor entre duas pessoas, não tem que obedecer a regras nem convenções sociais.
Pronto, era só isto ;)

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


Deitei-me com a neura.
Acordei com a neura. Estou rezingona, impaciente e chata.
Vou sair, encher-me de verde e fazer deste dia, um dia melhor.

Que o vosso, seja óptimo :)

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Coisas parvas que me fazem rir #1







Ontem, o meu filho deu um novo significado à expressão "comer gelados com a testa", quando embateu contra um poste...
Depois de verificar que a testa estava intacta, e de ter limpo o que restava do gelado, não me contive e perguntei-lhe: "Então, mas tu  agora comes gelados com a testa?". E desatei-me a rir. Muito, sem conseguir parar.
Acho que ele não achou muita piada.


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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Hoje, a casa está repleta de cheiros e odores


Na cozinha, cheira a:

 lasanha e a...

leite-creme queimado.
 

No quarto do filhote, cheira a ...

 tintas e aguarelas.


Pela sala, espalha-se...

o cheiro dos narcisos.


E ainda, o melhor cheiro do mundo, e de longe o meu preferido, que é o...
  cheiro de filho-acabado-de-sair-do-banho.


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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Memórias de Carnaval


Hoje em dia, não acho muita piada ao Carnaval. Até há alguns anos atrás, vivia com intensidade esta época: como nasci e cresci num bairro popular de Lisboa, com tradições enraizadas de festas, fantasiava-me a preceito e com o grupo habitual, corria bailaricos nas colectividades de outros bairros (quantos namoricos não começaram e acabaram assim). Recordo-me também, de Carnavais em Torres Vedras e de sairmos do corso, completamente encharcados, cobertos de serradura e papelinhos, eheheheh!
Depois, talvez porque mudei de casa e o grupo se desfez, deixou de fazer sentido. Além de que as brincadeiras que hoje se fazem no Carnaval, são um bocado estúpidas. Regra geral são partidas de mau gosto e resumem-se a atirar balões de água, ovos e farinha, às pessoas que passam tranquilamente na rua ou, mais grave ainda, que circulam na estrada. Confunde-se brincadeira com vandalismo e o espirito folgazão do Carnaval, perdeu-se completamente.
E depois, há sempre aquelas pessoas que, como não brincam durante o resto do ano, aproveitam-se desta época para serem parvinhos (mais do que já são, nos outros dias)...

Deste Carnaval, fica-me a memória de uma frase do meu filho.
Habitualmente, não fica muito entusiasmado. Talvez porque, cá em casa, dia sim, dia sim, brinca-se ao faz-de-conta e a única diferença é que nesta época, pode levar o disfarce para a rua e para a escola :)
Este ano, surpreendeu-me e deixou-me comovida. Fez questão de se fantasiar e quando o acabei de vestir, foi olhar-se ao espelho e perguntou-me: "Mãe, achas que o avô ia gostar de me ver assim? Estou igual a ele, naquela foto, não estou?".
Desarmou-me completamente. Emocionou-me até às lágrimas e enquanto o abraçava, respondi-lhe: "Sim, filho. O avô ia adorar ver-te assim. És lindo, meu amor!"
E fiquei a imaginar como ficaria o meu pai, se o visse assim...


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sábado, 18 de fevereiro de 2012

E agora...

...vamos brincar ao sol, que é disto que eu me alimento :)

(photo by Kristian Sekulic)

Bom sábado, a todos!
Beijinhos.

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Adenda ao post sobre espiritualidade

Não é bem uma adenda, é mais uma resposta às pessoas que ficaram incomodadas com o texto
O que escrevi, é uma opinião pessoal baseada na minha visão pessoal sobre o tema. Não é, nem pretende ser, de todo, uma verdade absoluta (e já agora, não há verdades absolutas). É a minha verdade. Não é uma verdade fixa, rígida, porque todos os dias aprendo mais. Muito menos se trata de uma forma de me auto-promover (???), como alguém referiu, com o intuito de ganhar seguidores.
Agradeco aos deuses, ao cosmos, ao universo, (e ao meu pai que sempre me disse: "Filha, podemos ser pobres de coisas, mas não temos que ser pobres de espirito") por ter uma mente aberta, inquiridora e sempre sedenta.
Cultivo a diversidade e a liberdade de opiniões. E o que dou (respeito), é o que espero receber. Se assim não for, lamento, mas não perco tempo em diálogos orientados pelo Ego e pela intolerância. Porque essa não é a minha postura, nem aqui, nem na vida real.

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Subtileza q.b.


Pois que há alturas em que me questiono se valerá mesmo a pena, continuar a ser subtil...
Quando algo me incomoda, dependendo da sua origem, acuso o toque. Assim, e como sempre optei por ter uma atitude conciliadora, muito na onda "paz e amor", fico-me inicialmente pela observação subtil acerca do assunto, mas que no fundo quer dizer: "não te estiques."
Normalmente, as pessoas inteligentes, percebem. As mal educadas, insistem. Às burras, passa-lhes mesmo ao lado.
Claro que, quando a situação se repete, a coisa dá-se. Confesso que já cheguei a ser estupidamente directa e dura, mas a verdade é que tenho muita dificuldade em lidar com pessoas que não respeitam, nem ouvem a opinião alheia.
Por isso, e depois de lhes ter dado mais uma vez o benefício da dúvida, e o comportamento se mantem, a minha reacção, hoje em dia, é mesmo : "Olha, miga, fala lá para aí, pode ser que alguém se interesse. Assim como assim, o mundo está cheio de pessoas como tu e plateia não te faltará." E vou-me embora...
Pode até nem ser a melhor atitude, mas prefiro isso a recadinhos e indirectas, que me soam sempre a ressabiamento e pouca coragem.

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Dos termos associados à espiritualidade e das suas interpretações


Confesso que há interpretações que me enervam...Às vezes, oiço/leio coisas como por exemplo:

"Ah, o karma é fodido", como se por detrás, estivesse alguma intenção de exercer vingança ou castigo sobre nós e/ou sobre os outros.
Karma é, nada mais, nada menos do que a consequência directa dos nossos actos, é a Lei da Física: "Acção gera reacção", é a Lei do Retorno, é a expressão física do ditado popular: "Quem semeia ventos, colhe tempestades." Não é a vida que nos castiga, ela devolve-nos o que nós lhe enviamos. Como se fosse um espelho. Pura e simples. Perceber, aceitar e corrigir os nossos erros e defeitos é certamente, a melhor forma de deixar de pensar que somos vítimas dos acontecimentos.

O conceito de almas gêmeas, visto sempre num contexto romântico.
Quem acredita em almas gêmeas tem, obrigatoriamente, que acreditar em reencarnação. E se acreditamos em reencarnação, acreditamos então que já vivemos muitas vidas, nas quais conhecemos muitas pessoas, em diferentes corpos, com diferentes sexos e até em outras condições sociais. Entendemos também que essas diversas vidas, serviram para aprender alguma coisa e de reencarnação em reencarnação, fomos fazemos um upgrade às nossas almas (costumo dizer que, aqui e agora, somos a melhor versão de nós mesmos).
Por isso, almas gêmeas, são todas aquelas que vindas do mesmo sitio, decidem reencontrar-se (por um breve ou longo período de tempo) para melhorar esse processo de aperfeiçoamento em que as duas serão beneficiadas (saldarem dívidas kármicas, corrigirem  defeitos ou simplesmente, usufruirem  da companhia uma outra), mesmo que os seus caminhos se voltem a separar. Assim, as nossas almas gêmeas podem ser, os nossos companheiros amorosos, os nossos pais, os nossos filhos, os nossos amigos, os nossos professores, os nossos chefes  e até mesmo aqueles estranhos que às vezes se cruzam connosco na rua e do nada, nos dizem coisas importantes (que naquela altura estamos a precisar de ouvir) e pelos quais sentimos uma profunda simpatia que não sabemos explicar de onde vem.

Gurus, como alguém a quem se segue, cegamente, inquestionávelmente.
Guru não é mais do que um mestre, um professor. É alguém que transmite os seus conhecimentos de forma simples, desprovida de linguagem do Ego, humilde e  com a eterna condição de também, ele mesmo, aprender. Acima de tudo, deve ser alguém que é coerente: as suas palavras estão de acordo com as suas acções. (Por exemplo, não percebo que uma mulher cite/siga um misógino como o Osho, mas isso sou eu que tenho a mania.)
Não é de todo, o ditador dos nossos pensamentos e acções, porque ele mesmo encoraja a que nos questionemos sempre e que reformulemos os nossos pensamentos e consequentemente as nossas acções. É acima de tudo, alguém que nos ajuda a crescer/evoluir e nos dá/mostra mais ferramentas para o fazer.


Regressões, como curiosidade e fait divers, em que todos querem saber se foram alguém importante no passado (figuras históricas, grandes pensadores, artistas, líderes espirituais), como se dessa forma, o esplendor ou a notabilidade do passado pudesse ser transportado para o presente e assim, elevarem-se aos olhos do outro. Talvez seja por isso que ninguém quer ter sido um anónimo.
Pressupõe também, que se acredite na existência da alma.
Deve ser utilizada sempre com o intuito de chegar ao conhecimento efectivo de alguma situação traumática no passado (que ficou "enterrada" na memória  desta ou de outras vidas), com manifestações evidentes no presente e, através do processo de reconhecimento e aceitação, chegar ao  tratamento dessa mesma situação.
É um trabalho sério e delicado e deve ser realizado com muita responsabilidade e entendimento das repercussões futuras da mesma.

Energias, como rótulo definitivo do carácter de cada um.
Da mesma forma que a corrente eléctrica tem flutuações, a energia pessoal também tem. Basta olhar para o que nos acontece ao longo de um dia.
E não são as flutuações (todos somos feitos de trevas e luz), que nos definem como pessoas de boas ou más energias, mas a forma como as identificamos e tratamos ou melhor, pelas escolhas que fazemos, quando as identificamos. Somos responsáveis por elas e se, conscientemente, optamos por um padrão energético específico, não podemos de forma alguma, achar que somos vitimas dele... Ou seja: se dizemos que só atraimos más energias, se calhar, está na altura de perguntar qual a razão e tentar descobri-la, em vez de nos lamuriarmos eternamente do mesmo e de a alimentarmos com os nossos queixumes.
  
E por último, o uso leviano e fora de contexto, da  expressão "Namasté" (já falei sobre o seu significado, noutro post). 
Está na moda, pelos vistos e há quem a utilize porque sim, mas a mim, que a aprendi, conheci, vivenciei e entranhei, num ambiente de enorme reverência e energia amorosa, ofende-me e incomoda-me que o façam (principalmente, quando ja lhes foi explicada) e a continuam a misturar, promíscuamente, com futilidades.

Em conclusão, quando se abraça a espiritualidade como uma realidade e filosofia pessoal: somos livres de acreditar no que quisermos; se optamos por acreditar em determinada coisa, temos a obrigação de a compreender e respeitar e para isso, temos um cérebro para pensar; as palavras que proferimos (depois de entendidas), devem sair do nosso coração e em sintonia com as nossas acções; os  nossos actos são o reflexo do nosso carácter; somos responsáveis pelas realidades que criamos; e devemos respeitar as opções dos outros (cada um tem o seu próprio caminho) porque são, simplesmente, formas diferentes de expressar a sua espiritualidade.
Em ultima instância, nunca condenar quem opta por não acreditar.

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

♥ Happy Valentine's Day ♥


Normalmente, nem assinalo este dia, mas hoje apeteceu-me :)
Talvez porque, apesar de não estar apaixonada, recordo-me de dias muito felizes e acabei por me deixar contagiar por esse sentimento de euforia. E é bom estar apaixonada/o, nem que não seja porque nos sentimos mais vivos e em maior sintonia com o universo. Manter esse estado de espírito, já é outra conversa, não é?
Cada um tem as suas estórias de amor pessoais, a sua dose de fracassos ou sucessos mas o que importa é nunca perdermos a capacidade de amar e mantermos o coração aberto ao que a vida nos traz. Sem amarguras, porque amanhã, tudo pode mudar...
Volto a postar este vídeo (aqui), que acho simplesmente delicioso.

Amem  e amem-se muito, hoje e todos os dias :)


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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A metafísica dos TPC ;)

(photo by Flying Colours Ltd)

Filhote, num tom preguiçoso: "Mãe, não consigo fazer isto. "
Eu: "E então? Concentra-te e tenta de novo. Vais ver que consegues."
Filhote: "Não consigo. Estou-me sempre a enganar..."
Eu: "Enganas-te, apagas e voltas a tentar, até acertares."
Filhote : "Ó mãe, vá lá, faz lá."
Eu, a levantar a sobrancelha: "Não percebi."
Filhote, a tentar claramente chantagear-me: "As outras mães também ajudam os filhos."
Eu: "Claro que sim. E eu também te ajudo, mas não posso fazer por ti. Porque esse trabalho é teu, não é meu. Se queres fazer bem, concentra-te e tenta de novo. Tenta as vezes que forem necessárias até acertares. Não vale, ser preguiçoso e não vale, desistir. Se desistires nunca vais aprender. E se outra pessoa fizer por ti, também nunca vais aprender além de que vais estar a enganar os outros, neste caso a tua professora e os teus colegas. Tu é que escolhes."

E de repente, enquanto me ouvia a mim mesma, apercebi-me de que tudo na vida, é assim. 

No final, apesar da minha ajuda, ele optou por ser preguiçoso... Não insisti mais.
Hoje, e como eu conheço bem a professora dele (eheheh), veremos o resultado da sua escolha. Há coisas que eles têm que sentir na pele, para perceber. Não há outra forma.

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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Minha, também ♥
















"This is my simple religion.
There is no need for temples, no need for complicated philosophy.
Our own brain, our own heart is our temple and the philosophy is kindness." -   Dalai Lama




E está tudo dito!
Tenham um óptimo domingo :)

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Think Different

Embora possa ser discutível a forma como as utilizam, se há alguém que conhece  o poder e o impacto que as palavras podem ter nas pessoas, são os publicitários.
A prova disso é este anúncio antigo da Apple que eu acho, simplesmente fantástico! Talvez porque por lá, andava o Steve Jobs...
Ora vejam/leiam:
             
               

"Here’s to the Crazy Ones.
The misfits.
The rebels.
The troublemakers.
The round pegs in the square holes.
The ones who see things differently.
They’re not fond of rules.
And they have no respect for the status quo.
You can quote them, disagree with them,
disbelieve them, glorify or vilify them.
About the only thing that you can’t do, is ignore them.
Because they change things.
They invent. They imagine. They heal.
They explore. They create. They inspire.
They push the human race forward.
Maybe they have to be crazy.
How else can you stare at an empty canvas and see a work of art?
Or, sit in silence and hear a song that hasn’t been written?
Or, gaze at a red planet and see a laboratory on wheels?
We make tools for these kinds of people.
While some may see them as the crazy ones, we see genius.
Because the ones who are crazy enough to think that they can change the world,
are the ones who do."
-
(original version) Rob Siltanen and Ken Segall

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

♥ Dose dupla ♥


1º mimo:


Este selo, oferecido pela C. Spot. (obrigada, linda. Gosto muito de te ler), é muito cusco, porque traz um  longo questionário com ele ;)
Ora bem, vamos lá:

Qual sua meta para 2012?
Realizar-me profissionalmente.

Quem você gostaria de ressuscitar se tivesse poder para isso?
O meu pai (amo-te, pai!).  Faz-me falta, todos os dias.

O que mais lhe faz feliz?
Olhar para o meu filho e perceber que ele é uma criança feliz.

Qual a sua foto favorita?
Não gosto nada que me tirem fotos (fico sempre a fazer caretas ou com cara de cú), mas há algumas de que gosto muito. Esta é uma delas.

Um lugar que você adorou conhecer?
Tantos! Com alguns, tenho ligações especiais, intemporais, outros pelo simples prazer de viajar,  mas por acaso ultimamente, ando com saudades dos Alpes, da neve e do ski.

Qual foi o presente que recebeu e te deixou surpresa?
Hum... eu adoro receber presentes! Principalmente, quando não estou à espera.
Mas houve um que me deixou surpresa: quando alguém me ofereceu um livro e me disse que  tinha tudo a ver comigo; de facto, não tinha e foi uma prova clara de que a pessoa não me conhecia minimamente, o que me deixou um bocadinho triste.

Seu prato favorito?
Os cannellonis vegetarianos do meu amigo Marco.

Você tem o costume pensar o quê quando vai dormir?
Normalmente, revejo o meu dia, peço pelos que me são mais queridos ou pelos que me vêem à cabeça e agradeço ao universo, por esse dia. Normalmente, porque ultimamente, tenho adormecido no sofá e depois, vou a cambalear meio taralhoca, para o quarto.

Qual foi a última coisa que você se deu de presente?
Um telemóvel.

Teve algo que te entristeceu, desapontou ou te tirou do sério, nesse ano que passou?
Sim, tive várias situações. Nessas alturas, costumo pensar: "Epá, a minha vida é uma animação. Não há monotonia."

O que você gostaria de realizar em 2012 e não conseguiu realizar no ano que passou?
Um projecto que ando a alinhavar ;)

Um motivo pelo qual deve ser agradecido?
São muitos: por estar viva, pelo meu filho, pelos amigos que tenho (meus irmãos de coração), pela capacidade de me conseguir levantar sempre que me esbardalho no chão da vida e de continuar a acreditar que amanhã é sempre um novo dia.

5 blogues que ofereço esse selo:
Aqui me confesso
Pensar cor de rosa
Sutilmente... Disfarce

2º mimo:


Oferecido pela querida @lice (obrigada pelo selo e pelo comentário que fizeste no teu post)é um prémio dado ao bloggers com menos de 200 seguidores e tem como instrução especifíca, compartilhar 5 factos sobre nós que os seguidores não teriam forma de descobrir. Aqui  vão eles:
  1. Sou míope que se farta. Não fossem as minhas adoradas lentes de contacto, seria a versão feminina do Mister Magoo.
  2. Não sei andar de bicicleta (pronto, já disse).
  3. Sou maluquinha por pão (principalmente pão saloio quente, com a manteiga a derreter, sabem?) e por queijo (todos), o que é uma grande chatice, porque como é do conhecimento geral, não engordam nada (lá agora)...eheheh!
  4. Não gosto de alturas mas já saltei de paráquedas. E gostei. Pode parecer um contrasenso, mas não é. Um dia que saltem, vão perceber ;)
  5. Tenho uma panca enorme por decoração. Mesmo. Ando sempre a "inventar", cá em casa.
Designar 5 blogues para atribuir o selo. (rufar de tambor) E os nomeados são:

Os Sabores do Vento
Coisas de Feltro
Familia Pumpkin
Gingko: o primeiro capítulo do amor
Sawabona shikoba

Agora que já ficaram a saber muito mais sobre mim, é a minha vez de saber mais sobre vocês, ihihihih! Beijinhos :)

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quando nos tornamos naquilo que condenamos

"The dark side", unknown photographer


"An eye for an eye will make the whole world blind."- Mahatma Gandhi.

Ontem, pelo Facebook, circulava uma foto de um homem, suspeito de violação de duas menores, assassinado e mutilado (orgãos sexuais arrancados e introduzidos na boca) pela população do local onde vivia. Com a fotografia, vinha a frase: "Se concordas que ele teve o que merecia, partilha." 
Quando li a notícia, fiquei duplamente chocada. Pelo motivo óbvio (violação e pedofilia) e pela forma como as pessoas reagiram a ela e a comentaram.

Não consigo imaginar a dor destes pais, nem as marcas fisicas e psicológicas que acompanharão estas crianças pelo resto das suas vidas. Consigo perceber o desespero e desejo de vingança. Além de ser mãe, sou também um ser humano imperfeito e não sei o que me passaria pela cabeça fazer, se tivesse que passar por algo de semelhante. Apesar de entender a desconfiança e o descrédito nas autoridades policiais e no sistema legal e juridico, não aceito que uma população se reuna para um linchamento e que não haja no meio de tanta gente, uma voz sensata que diga:"Ei, vamos lá a acalmar e a fazer isto de outra maneira." (a dinâmica de uma multidão é flixada).

No entanto, sei o que não faria: nunca optaria pelo "olho por olho, dente por dente." Não acredito que a violência resolva seja o que fôr, nem justifica o assassinio de outro ser humano, por mais baixo e desprezível que ele possa ser.
Entre pensar em fazer e fazer, há uma enorme diferença.  Num primeiro momento, quando nos entregamos à raiva, ao ódio, cegamos, perdemos a nossa humanidade, entregamo-nos aos mais baixos instintos. É natural, é a nossa reacção a uma agressão. Mas quando decidimos fazer justiça pelas próprias mãos, tornamo-nos naquilo que condenamos, somos piores que os animais, porque eles não matam por prazer, muito menos por vingança... Por isso, violência não se resolve com violência mas sim, com inteligência.

Pois, e então? Então, há que chamar à responsabilidade as autoridades competentes, o sistema judicial e penal. Porque foi a eles que nós (como cidadãos e contribuintes) designámos  esta função, e é a eles que a nossa raiva, frustração e exigências (absolutamente legítimas) devem ser comunicadas. Sempre. Constantemente. Activamente.
Se eu acho que ele teve o que merecia? Provavelmente. No entanto, não consigo regojizar-me com isso...

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Do respeito pelo caminho dos outros


Confesso que, há alturas em que gostava de poder abrir (não partir, tá?) a cabeça a certas pessoas; sacudir o pó que por lá anda, abrir as janelas e deixar entrar um pouco de luz.
No entanto, entendo que este exercício valeria pelo que valeria: uma ligeira e fugaz limpeza, com efeitos pouco duradouros. Assim que fechasse a cabeça, o pó voltaria a assentar e as teias de aranha, voltariam a instalar-se.
Nestas coisas, pouco adianta a nossa boa-vontade e muito menos a nossa imposição porque se, o dono da cabeça não a decidir fazer (à tal limpeza), não funciona. De todo.
Entender e aceitar que cada um tem o seu caminho e o seu tempo (embora nós gostassemos que nos acompanhassem, lado a lado e à mesma velocidade), não é fácil. Mas tem que ser respeitado. E esse respeito passa também por perceber que, por vezes, temos que deixar as pessoas, ir. E continuar o nosso caminho. Quem sabe se não nos voltaremos a encontrar, lá mais para a frente? Ou talvez não...porque às vezes, encontramo-nos com determinada pessoa, na altura certa, para lhes trazer algo ou ela a nós e depois, prosseguimos.
No final, eu acredito que todos chegamos aonde temos que chegar. Uns demoram mais tempo, outros menos. Uns, viram à esquerda, outros, viram à direita.
O que importa é a aprendizagem e a vontade de continuar a  caminhar.

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Parto caseiro


Este é um assunto que sempre me interessou. Na altura em que engravidei, comecei a ler tudo o que podia sobre o assunto e sobre o parto natural, em particular. Fiquei fascinada pelo trabalho das doulas (ver aqui) e pelo ressurgimento de algo tão ancestral, como é o nascimento de um filho em casa.
Senti-me tremendamente tentada a ter um parto caseiro, confesso, mas apesar de toda a informação, as dúvidas permaneciam: "E se na hora do parto, acontecer alguma coisa ao meu filho? Até que ponto é que é  será razoável, abdicar do conhecimento tecnológico da medicina convencional? Estarei eu preparada para correr este risco?"
O meu filho, acabou por ditar a resposta quando às 39 semanas, manteve a posição pélvica e, segundo a médica obstetra, estava demasiado grande para tentarmos um parto normal, quanto mais um caseiro. Ainda andei a pesquisar sobre técnicas de manipulação externa do feto e tal, para tentar então o parto caseiro, mas conclui que não estava disposta nem preparada emocionalmente, a pôr em risco a vida do meu filho, por uma questão ideológica.
Esta notícia do Público, veio confirmar os meus receios e dúvidas, na época.
Claro que o mesmo podia ter acontecido (e acontece, infelizmente) num hospital. O que eu defendo, hoje em dia, é a humanização do parto, a presença de doulas nas salas de parto, a criação de um ambiente mais familiar, tranquilo e harmonioso em que as mulheres sejam tratadas como seres humanos e não como máquinas parideiras e em que a magia do nascimento de um ser humano, seja  resgatada.
Pois, muita coisa tem que mudar, não é?

Em jeito de conclusão: em todas as circunstâncias, as nossas escolhas devem ser ditadas por aquilo que nós achamos mais adequado para nós, depois de nos termos informado convenientemente, tomadas em plena consciência, e não por uma questão de moda, porque é convencional ou porque alguém nos diz que é certo. E pensarmos sempre que, em última instância,  nós somos responsáveis por elas.
Afinal de contas, são elas que determinam a nossa vida  e a nossa forma de estar no mundo.

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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Bom domingo!

Ontem, apesar do frio, não resistimos ao sol e acabámos por ir dar um passeio. Resultado: os dois, com o pingo no nariz.
Por isso, hoje, nem me atrevo a sair de casa. Vamos ficar no quentinho, na mais completa ronha, a curtir o sofá  e a inventar coisas como :

...fazer chocolate quente (nham, nham),

...atelier de bricolage e artes plásticas (eheheh!)

...momentos da mais pura arte circense,

...pipocas e um filme (para desacelerar).

Bom domingo a todos e aos corajosos, muitos agasalhos :)

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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Das mães e das irmandades

(photo by Cristian Baitg)

A Irmandade das Mães, mete-me confusão.
Talve seja porque o ditado "Parir é dôr, criar é amor.", é, para mim, uma verdade inquestionável. Ou talvez seja porque continuo a saber de filhos abandonados à nascença, neglicenciados pela vida fora em prol do sucesso (?) dos pais; mães divorciadas dos filhos; filhos abusados e violentados com o consentimento silencioso das mães; de filhos preteridos a tantas outras tretas materiais e manutenção de aparências... não sei, se calhar é pela soma de tudo isto, mas a verdade é que me faz confusão.
Lembro-me de ter passado a ser "a Mãe", em vez de ser "Ana", ainda na maternidade. E se por um lado, me encheu de orgulho e felicidade, por outro lado, pareceu-me que dali em diante, a Ana, a minha individualidade, tinha sido anulada e tinha passado a pertencer à Irmandade das Mães. Mesmo percebendo que era mais fácil para a enfermeira tratar-me por mãe, do que lembrar-se do meu nome, não deixei de me sentir desconfortável. 
Quando voltei ao trabalho, foi com muita estranheza que percebi que colegas com quem não tinha qualquer tipo de afinidade (e nem pretendia ter) e que também eram mães, me aceitavam com prontidão no seio da sua irmandade.  Tinha passado, com sucesso, da Liga das Grávidas para a Liga das Mães. E agora, que já pertencia ao clube, havia regras a seguir... sendo que uma delas, era falar sempre dos filhos, exaustivamente e exclusivamente. Mas o que mais me começou a aborrecer foi a maneira com que se referiam à sua condição de mãe: como se isso as colocasse acima das outras mulheres, com um outro estatuto, ou as promovesse a santas, ou a portadoras inequívocas de amor incondicional (devia ser, mas nem sempre é), sei lá eu... Além de que me irritava sobremaneira, a forma como olhavam para as outras mulheres que não eram mães, como se fossem só mulheres por metade, esquecendo-se que muitas vezes, se calhar não o podiam ser ou não queriam ser.
Acabei por me banir a mim mesma (eu até gosto de grupos, não vou é em grupos, se é que me entendem), porque sempre valorizei a minha individualidade e nunca pretendi preencher algum tipo de vazio emocional através de um filho. Pela simples razão de que um filho, é ele também, um ser individual que deve ser encarado com profundo respeito e como tal, não o vejo (de todo) como um prolongamento de mim mesma (no máximo, como a continuação da minha herança genética). E também, porque encaro a maternidade como uma coisa muito séria, uma tarefa diária  e um compromisso que assumi até ao fim dos meus dias; e não como uma simples definição do que eu sou, um carimbo ou um troféu.
Ser mãe não é só dar à luz. Mães, são todas as que as amam, cuidam, protegem, educam os filhos, quer sejam seus ou dos outros, biológicos ou de coração, diferentes ou iguais, perfeitinhos ou tortos. E nunca se cansam de amar.
E nesta Irmandade, dos que nunca se cansam de amar, sinto-me perfeitamente em casa ;)

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mais, do mesmo*

Enquanto se lava a roupa, pensa-se.

Já andava a estranhar...isto andava muito calmo e tranquilo, lá para os lados do progenitor do filhote.
Perante tanta parvoíce, questiono-me seriamente, se este homem não anda a perder o juízo e se o meu (nosso) filho, não é mais sensato do que  pai.
(suspiro) Enfim... se tenho que o gramar, mais vale aprender a lidar com o animal.

* como diz a minha Luísa

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